Boatos de teor alarmista sobre o fortalecimento imunológico através de suplementos vitamínicos, injeção ou exposições diárias à luz solar para obtenção de vitamina D propagam-se por vídeos e correntes nas redes sociais, enquanto cientistas e autoridades da saúde em todo o mundo buscam entender como combater o novo tipo de coronavírus.
As hipóteses já foram refutadas pelo Ministério da Saúde, dizendo não haver nenhum medicamento ou vacina que possa prevenir a infecção até o momento. A pasta faz as mesmas recomendações já divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS): fazer o uso de lenços descartáveis, higiene frequente das mãos, evitar toques com mucosas de olhos, boca e nariz, bem como contato íntimo com pessoas com sintomas da doença ou com alguma infecção respiratória aguda.
A Sociedade Brasileira de Infectologia emitiu um informe no dia 6 de Fevereiro deste ano, afirmando que a organização não aconselhou o reforço imunológico como único instrumento de prevenção contra a infecção pelo coronavírus, assim como não sugeriu a alta dosagem de vitamina D como alguns dos boatos propuseram.
Apenas a grupos com risco de deficiência de vitamina D são recomendados o consumo deste suplemento. A dosagem somente deve ser realizada após exames, consultas e prescrições médicas. Segundo a indicação das sociedades brasileiras de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), os grupos que correm riscos de apresentar insuficiência são gestantes, lactantes, pessoas com osteoporose, idosos maiores de 60 anos, pessoas com raquitismo, etc.
A classe médica não possui autorização para receitar vitamina D em contextos que não sejam a prevenção de doenças ósseasou para populações de risco, mas que sua ingestão deve ser estimulada a partir de vias naturais e pela alimentação.
Estima-se que 20 a 59% da população apresente insuficiência da vitamina. Devido ao grande tempo de permanência em locais fechados, à mudança alimentar e ao uso de filtro solar, a deficiência de vitamina D atinge níveis muito altos. Cerca de 80 a 90% da fonte de vitamina D vem da exposição ao sol, mas como garantir essa absorção sem desproteger a pele?
Como sugestão da nutróloga Nívea Bordin, da clínica Leger, em São Paulo, crianças e adultos devem expor a pele ao sol entre as 10h e 16h, por aproximadamente 20 minutos diariamente antes da aplicação do protetor solar. Importantes para sintetizar a vitamina, o tempo de exposição é influenciado por fatores como quantidade de gordura corporal e pigmentação da pele e não há um consenso médico mais preciso sobre isso. O Brasil não possui programas de fortificação de vitamina D. Para tanto, na dieta, Bordin indica peixes gordurosos, laticínios e ovos como principais fontes alimentares da vitamina.
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